No almoço da confraria ocorrido no sábado 30/04/11, tendo como local o restaurante La Barca (Manaus/AM), como de objetivo e de costume, a reunião foi motivada pela degustação de bons vinhos, em especial aqueles produzidos aqui em nosso continente a exemplo dos chilenos e argentinos.
A exceção do encontro se deu por conta do couvert, no qual fomos brindados com um champagne Moët & Chandon Rose Imperial (acompanhado de uma, não menos surpreendente Unha de Caranguejo, a qual, a tempos não se via quão bem preparada). A bebida dispensa comentários, mas o registro de sua refrescância, mormente em face do clima amazônico, deve ser enaltecido.
Na seqüência, foi servido um belo filé alto de pirarucu grelhado com legumes para acompanhar o vinho Angelica Zapata, o melhor Chardonnay de Catena produzido para o mercado interno argentino, onde é considerado o melhor branco do país. Incrivelmente concentrado e potente.
O ponto alto e mais aguardado momento do encontro enogastronômico ocorreu com a combinação de uma iguaria regional, caldeirada de camarão com tucunaré (de um incrível sabor, cuja consistência assemelha-se a de um sarapatéu), sua robustez exigiu a companhia de um ícone dos vinhos chilenos, produzido pela casa Lapostolle, o Clos Apalta 2008. Este tinto, com cor rubi escuro profunda, é feito com Merlot, Carménère, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot obtidas de vinhas com mais de 60 anos. No nariz, este tinto traz grande complexidade aromática destacando frutas negras maduras com notas de baunilha e café, e ainda uma leve porção de pimenta. Na boca, mostra toda sua potência de estrutura, com bom equilíbrio entre alta acidez, forte tanino, corpo bem estruturado e alta grau alcoólico. Envelhecido na barrica de carvalho por 21 meses. A longa persistência é bem agradável. Harmoniza bem com qualquer carne vermelha, mas saboreado sozinho também mostra sua exuberância. Obs. Os confrades Lúcio e Francisco fizeram a harmonização com filé bovino.
Com os ânimos, a boa conversa e o tempo já bem adiantados, partimos para a parte final do encontro. Sobremesa regional de creme de cupuaçu, de sabor exótico e marcante, harmonizado de um tinto porto Graham’s 20 Years Old Tawny, para adoçar e amortecer nossas mentes vidas. Este, envelhecido por 20 anos em cascos de carvalho, é mais claro e fantasticamente macio. Possui um clássico bouquet de nozes e um final longo e prazeroso.
Ah! o final....., não me recordo....... Peço ajuda aos caros confrades.
Saudações,
Gylson Benacon
Nenhum comentário:
Postar um comentário